Quem Somos Nós – Ex-Testemunhas de Jeová

 Who We Are

.: A NOSSA RESPOSTA A UMA CARTA DE UMA TESTEMUNHA DE JEOVÁ PERGUNTANDO:
“QUEM SÃO VOCÊS? – Vocês são um Bando de Apóstatas que Não Acredita nos Ensinos da Bíblia?”

“Eu sou uma Testemunha de Jeová. Quando li algumas das vossas declarações no website, fiquei chateado a pensar que realmente existem pessoas como vocês que falam mal de nós. A organização de Jeová é a Verdade, e alguns de vocês sabem isso no fundo dos vossos corações. Mas se essa é a vossa escolha, eu sei certamente que nunca será a minha escolha. Eu irei sempre louvar e amar Jeová. Eu nunca irei virar as minhas costas a Ele e sair. Vocês acreditam que são a verdadeira religião? Como podem vocês acreditar que estão na verdade, se não vão de porta-em-porta, pregando o o Reino? Será que vocês são um bando de “apóstatas” que deixaram a Torre de Vigia porque não querem aderir aos padrões da Bíblia? Vocês celebram os feriados pagãos, acreditam na guerra e na Trindade?”

.:A NOSSA RESPOSTA

Caro amigo Testemunha de Jeová,

Nós queremos agradecer-lhe por tomar o seu tempo para escrever-nos e expressar as suas preocupações sobre o nosso website. É muito recomendável que você ame Jeová do modo como faz e que nunca abandone Jeová. É a devoção a ELE que é TÃO importante na busca da Verdade, e achamos admirável que você tenha essa disposição de procurar e servir a Ele.

Nós acreditamos fortemente em ser leais a Jeová e Seu Filho Jesus Cristo. E esta é a razão principal pelo qual fazemos o que fazemos. É porque Jeová Deus é um Deus de verdade. A verdade não receia o escrutínio. Se uma organização não se mantém de pé ao ser examinada, não é a verdade mas antes, uma falsificação e a lealdade a uma falsificação é deslealdade a Jeová Deus.

ExJW MeetupQUE DECISÃO TOMARAM OS DISCÍPULOS DE JESUS?

Somos relembrados acerca dos discípulos nos dias de Jesus e como foram pressionados pelos Fariseus para retornarem ao que era na época a “Organização de Jeová” (também conhecido como o arranjo do Judaísmo “sacerdotal”). Os discípulos foram confrontados com uma escolha de continuarem a sua associação numa organização que havia-se tornado corrupta ou por outro lado, afastarem-se deste “canal” que Jeová tinha vindo a usar, de modo a reconhecer o novo arranjo em Seu Filho Jesus Cristo. Para onde iriam de modo a manter a sua lealdade a uma organização terrestre? Ou iriam eles ser leais a Jeová Deus e iriam aonde a Sua “nova luz” os conduziria? Em vez de seguirem a organização terrestre de Jeová, formada através de Moisés nos anos anteriores, os discípulos de Jesus colocaram completamente a sua autoridade nas mãos de Jeová Deus e abraçaram o Seu novo arranjo celestial através de Jesus Cristo — a VERDADEIRA “Verdade!”

“Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” — João 14:6

De facto, a questão que os discípulos enfrentavam nos dias de Jesus, não é muito diferente da questão que enfrentamos hoje. Quando consideramos o facto de que a organização Torre de Vigia é culpada de violar a Palavra de Deus (a Bíblia) dos seguintes modos, alguém deve-se perguntar: “Como pode esta organização qualificar-se verdadeiramente para ser o representante de Deus na terra?”

1. DISTORCENDO A PALAVRA DE DEUS: (Provérbios 30:6): A Sociedade Torre de Vigia afirma que os tradutores da sua Tradução do Novo Mundo  permaneceram no anonimato, mas quando  pesquisas revelaram quem os tradutores eram, foi descoberto que a maior parte dos tradutores fazia  parte do Corpo Governante da Sociedade Torre de Vigia e que a todos eles faltava a educação necessária para produzir uma tradução exacta. Eruditos do grego  têm declarado constantemente que esta é uma tradução tendenciosa, que distorce versículos para que estes encaixem na doutrina da Torre de Vigia e que acrescenta à Palavra de Deus por inserir “Jeová” nas Escrituras Gregas Cristãs, contrariamente a todos os manuscritos Cristãos Gregos. Estaria Jeová por detrás de uma organização que “acrescenta” e “retira” da Sua Palavra?

2. MENTINDO NA SUA LITERATURA: (Tito 1:2): A Sociedade Torre de Vigia nega que tenha publicado a Biografia de Russell  porque não queria que as pessoas soubessem que as antigas Testemunhas de Jeová “adoravam” Russell. Eles encobriram, através de desculpas, o seu histórico de citações de livros relacionados com o “mundo espiritual” de Satanás, e que eles mentiram acerca dos verdadeiros ensinos dos antigos Pais da Igreja, a fim de apoiar a sua crença de que a doutrina da Trindade é de origem pagã. Estaria Jeová, que é o Deus da “verdade”, por detrás de uma organização desonesta?

3. VIOLANDO OS PRINCÍPIOS DE NEUTRALIDADE: (João 18:36): Embora alegando que as Nações Unidas representam a “Fera” de Revelação 17, a Torre de Vigia esteve associada com as Nações Unidas durante 10 anos. Eles também afirmam que foram “neutros” durante a II Guerra Mundial, mas numa carta dirigida a Hitler em 1933, eles admitiram perante ele que apoiavam os “princípios” do seu regime. É esta a verdadeira neutralidade ou compromisso?

4. FALSAS PROFECIAS: (Deuteronómio 18:20-22): Embora proclamando ser o “Profeta de Deus” e falando “em nome de Jeová,” a Torre de Vigia anunciou várias datas falsas para o fim do mundo, tendo até mesmo proclamado que a presença de Cristo começou em 1874. Esta falsa proclamação da presença de Cristo é precisamente a advertência que Jesus deu aos Seus seguidores, quando Ele disse que os “falsos profetas” iriam proclamar isso nos últimos dias! (Veja Mateus 24:11, 23-24) Porque iria Jeová designar um grupo para O representar, que estava fazendo a mesma coisa que Jesus avisou que os “falsos profetas” fariam nos últimos dias?

5. CULPADOS DE SANGUE: (Jeremias 22:17): A Torre de Vigia tem interpretado erradamente a Lei de Deus sobre o Sangue e essa má interpretação tem levado a incontáveis mortes de crianças inocentes. As Testemunhas de Jeová têm perecido, não apenas pela actual rejeição da Sociedade Torre de Vigia de todas as transfusões de sangue, mas também pelas suas anteriores rejeições das preparações hemofílicas, vacinas e transplantes de órgãos— tudo isto que agora é aceite como já não violando a Lei de Deus sobre o Sangue! Será que as pessoas que morreram sob a aplicação errada da Sociedade Torre de Vigia da Lei de Deus sobre o Sangue, morreram em vão?

Tendo examinado a evidência que condena a organização Torre de Vigia de ter falhado o teste de ser o “canal” de Deus para a humanidade, nós iremos agora voltar a nossa atenção para as suas questões em relação ao que acreditamos com respeito à “verdade”.

QUEM É “A VERDADE”?

Você perguntou se nós acreditamos que somos “a verdadeira religião”. Em resposta, nós não acreditamos que somos “a verdadeira religião”, mas acreditamos que estamos “na Verdade”. Isto é porque não acreditamos que “a verdade” seja uma religião, mas antes uma Pessoa — O próprio Jesus Cristo! Em João 14:6, Jesus proclamou, “Eu sou …a verdade,” e na Sua oração ao Pai, Ele disse: “Santifica-os por meio da verdade; a tua palavra é a verdade.” (João 17:17, TNM) Quem é a “Palavra” vivente que é a “Verdade”? João 1:14 diz-nos: “…a Palavra se tornou carne e residiu entre nós, e observamos a sua glória, uma glória tal como a de um filho unigênito dum pai.” (João 1:14, TNM) Não apenas nós vemos Jesus sendo identificado nas Escrituras como “a Verdade”, mas Ele proclama em João 5:39-40 que todas as Escrituras foram escritas para “dar testemunho” acerca Dele!

O apóstolo Pedro não disse “para o que” havemos de ir. Não! Ele disse: “Senhor, para quem havemos de ir? Tu [Jesus]  tens declarações de vida eterna.” (João 6:68, TNM) Ele reconheceu que com a vinda de Cristo, o arranjo de Deus mudou da operação através de uma organização (sistema Judaico), para operar diretamente através do Seu Filho Jesus Cristo (Hebreus 1:1-2) e a orientação do Seu Espírito Santo (João 16:13). Não precisamos mais de uma organização sacerdotal para nos levar a Jeová Deus. Nós agora temos acesso direto através de Jesus Cristo, como nosso “Sumo Sacerdote” e “Mediador” entre nós e Deus (Hebreus 7:25-26; 2 Timóteo 2:5).

SERÁ QUE A TORRE DE VIGIA CONDUZ AS PESSOAS À “VERDADE”?

Em vez de conduzir as pessoas à “Verdade”, a Torre de Vigia coloca a si mesma no lugar de Cristo, por proclamar: Jesus Cristo não é o Mediador entre Jeová Deus e toda a humanidade. Ele é o Mediador entre seu Pai celestial, Jeová Deus, e a nação do Israel espiritual, que está limitado a 144.000 membros.” (Segurança Mundial sob o “Príncipe da Paz”, 1986, pág. 10) Em vez de encorajar as Testemunhas de Jeová a irem apenas a Jesus pela “Verdade” e “vida eterna” (João 10:28; 14:6), a Torre de Vigia afirma que a sua organização é a “Verdade” e diz às Testemunhas de Jeová que devem “ir” a ela “para salvação” (A Sentinela, 15 de Julho, 1982, pág. 21). A Torre de Vigia afirma que “não há outro lugar onde se possa obter o favor divino e a vida eterna”(A Sentinela, 15 de Novembro, 1992, pág. 21), mas nada poderá estar mais longe da verdade.

Não apenas a Torre de Vigia exclui as Testemunhas de Jeová da vida eterna por evitar que elas venham a Jesus como seu “mediador”, mas a Torre de Vigia retira-as da aprovação de Jeová quando diz às Testemunhas de Jeová que o “Novo Pacto” não se aplica a elas e que não lhes é permitido serem “adotadas” na família espiritual de Deus (A Sentinela, 1 de Fevereiro 1998, págs. 19-20). Romanos 8:8-9 proclama que a menos que tenham o Espírito de Deus recebido através da “adoção” (Romanos 8:14-16), não poderão “agradar a Deus” nem “pertencem a Cristo”. Assim, o ensino da Torre de Vigia deixa cada Testemunha de Jeová sem esperança do favor divino ou vida eterna!

SERÁ QUE DEUS SEMPRE LIDERA ATRAVÉS DE UMA ORGANIZAÇÃO?

Um traço comum das religiões falsas é o se colocarem como “mediadoras” entre os seus seguidores e Deus. Quer estejamos a falar do Mormonismo com o seu profeta Joseph Smith e os subsequentes profetas, o Islão com o seu profeta Maomé, a New Age com os seus gurus e guias espirituais ou as Testemunhas de Jeová com a chamada organização do “Escravo Fiel e Discreto”, a tática de Satanás é sempre a mesma: Convencer as pessoas de que não podem receber comunicação diretamente de Deus e requerer-lhes que olhem para líderes humanos por orientação espiritual e apoio. Mas a Bíblia diz: “E, quanto a vós, a unção que recebestes dele permanece em vós, e não necessitais de que alguém vos ensine; mas, como a unção da parte dele vos ensina todas as coisas, e é verdadeira e não é mentira, e assim como vos tem ensinado, permanecei em união com ele.” (1 João 2:27, TNM). Nós não precisamos de uma organização que nos “ensine” a verdade espiritual, pois temos Cristo e a “unção” do Seu Espírito para nos guiar. Assim como os cristãos do primeiro século, o Espírito Santo de Deus é aquele que nos “guiará” a todos a “toda a verdade” (João 16:13).

Contrariamente às afirmações da organização Torre de Vigia, quando olhamos as Escrituras, nós vemos que não existia em Jerusalém nenhum “corpo governante” para liderar os seguidores de Jesus do primeiro século. Congregações e indivíduos eram guiados diretamente pelo Espírito Santo como as seguintes Escrituras ilustram:

  • Em Atos 13:2-4, nós vemos o Espírito Santo dirigir a congregação de Antioquia a enviar Paulo e Barnabás na sua primeira viagem missionária sem a aprovação de um “corpo governante” em Jerusalém.
  • Quando eles retornaram da sua viagem missionária em Atos 14:26-28, eles não reportaram a um “corpo governante” em Jerusalém, mas antes, à congregação de Antioquia que os havia enviado.
  • Do mesmo modo, em Atos 18:22, nós vemos Paulo e Silas retornando da Segunda viagem missionária — não a um “corpo governante” em Jerusalém — mas à congregação em Antioquia. Em Atos 18:23 Paulo saiu outra vez para a sua terceira viagem missionária a partir da mesma congregação. Se um “corpo governante” existia em Jerusalém, onde estava a sua liderança em tudo isto?
  • Quem comissionou Filipe em Atos 8:5 a pregar à cidade de Samaria? Não foi apenas até ao versículo 14, que os “apóstolos em Jerusalém ouviram que Samaria havia aceito a palavra de Deus”. Em Atos 8:26, 29 e 40, nós lemos que o Espírito Santo é Aquele que dirigiu Filipe aos territórios aos quais pregou.
  • Quem proibiu Paulo e Silas de pregar na Ásia em Atos 16:6-7?  Foi o “corpo governante” em Jerusalém ou foi o “Espírito de Jesus”?

Como pode ser visto nas passagens acima, foi o Espírito de Cristo (o Espírito Santo) que dirigiu o trabalho de pregação dos cristãos do primeiro século, mas que dizer das passagens a que Torre de Vigia usa para apoiar o seu entendimento de um “corpo governante” em Jerusalém? Em Atos 15, Paulo e Barnabás foram aos apóstolos e anciãos em Jerusalém para resolver uma disputa envolvendo a circuncisão de cristãos não-judeus e em Atos 16:4, Paulo e Silas entregaram os “decretos” que os apóstolos e anciãos em Jerusalém haviam determinado. Será que isto prova que um “corpo governante” existia em Jerusalém? Não, não prova.

Se olharmos atentamente para Atos 15:1-2, nós vemos que a disputa surgiu quando homens da área de Jerusalém (i.e. Judéia), tinham descido à congregação da Antioquia e proclamado que estes crentes necessitavam ser circuncidados de acordo com o costume judaico. É de admirar que eles tenham ido a Jerusalém para resolver a disputa que tinha sido causada por homens dessa área? Em Atos 16, estes “decretos” que Paulo e Silas estavam entregando tinham a ver com a decisão que tinha sido alcançada concernente à circuncisão. Não existe nenhuma indicação que estes “decretos” tenham envolvido qualquer outro assunto. Assim, nós vemos que não existe qualquer base para a afirmação de que uma “organização” é necessária para liderar o povo de Deus hoje.

QUEM É AFINAL O “ESCRAVO FIEL E DISCRETO”?

Em Mateus 24:45-51, Jesus descreve dois tipos de escravos (ou servos) que foram postos a cargo dos bens do seu amo enquanto o este estava fora. Após o retorno do seu amo, um escravo foi achado “fiel” e recompensado por ser designado sobre “todas” as possessões do amo. O outro escravo provou-se infiel nas suas tarefas e quando o seu amo chegou, ele foi lançado fora com os hipócritas. O objetivo da parábola de Jesus é que todos nós estamos a esforçar-nos a sermos “fiéis” ao nosso Senhor para que, quando o nosso Rei Jesus voltar para Seu povo, Ele nos encontre “fiéis” e recompense-nos com mais autoridade e responsabilidade. Nada nesta passagem indica que o “escravo” fiel está falando profeticamente de uma organização que seria “designada” sobre os bens de Jeová. Pelo contrário, assim como qualquer indivíduo pode-se tornar parte do grupo do escravo “mau” por ser infiel a Deus, assim também qualquer um pode-se tornar parte do “escravo” fiel por ser fiel nas tarefas dadas pelo Espírito Santo.

De facto, nós colocamos nossas almas em grande perigo se confiarmos o nosso destino eterno nas mãos de líderes humanos em busca de segurança espiritual. A Bíblia diz: “Maldito o homem que confia no homem, faz da carne mortal o seu braço.” (Jeremias 17:5) Apenas o Único para quem devemos olhar em busca de vida eterna e Verdade espiritual é Jesus Cristo. Ele declara: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (João 14:6)

SERÁ QUE SOMOS “APÓSTATAS” QUE ESTÃO CONTRA OS ENSINOS DA BÍBLIA?

WeNós gostaríamos agora de dirigir a sua preocupação sobre nós sermos “apóstatas” porque nós “não queremos aderir aos ensinos bíblicos”. A sua acusação é incorrecta. Pelo contrário, é por causa da nossa lealdade a Jeová Deus e aos Seus ensinos da Bíblia, que nós não podemos apoiar uma organização que falsamente representa Jeová e Sua Verdade. Para uma lista de doutrinas da Torre de Vigia que são incompatíveis com as Escrituras, nós encorajamo-lo a verificar os artigos CONVERSAS CRISTÃS COM AS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ — Respostas Bíblicas a perguntas que as Testemunhas de Jeová fazem(http://4witness.org/o-que-deus-requer/) e a nossa tabela de referência EXPOSTA A DOUTRINA DA TORRE DE VIGIA (http://4witness.org/testemunhas-de-jeova/pt-jw-exp.php), mas para já, debruçarmo-nos sobre as preocupações específicas que mencionou.

PREGAÇÃO DO REINO DE PORTA-EM-PORTA:

Você perguntou como nós podemos estar na Verdade, se não vamos de “porta-em-porta pregando o Reino”. Nós respondemos que em nenhuma parte das Escrituras a pregação “porta-a-porta” é especificamente mencionada. Os poucos textos apontados para a atividade “porta-a-porta” (Atos 2:46; 5:42 e 20:20), explicam como os crentes se encontravam publicamente no templo e em privado “de casa em casa” para partilhar refeições e ensino. Isto não é diferente das anteriores reuniões de estudo do livro das Testemunhas de Jeová no meio da semana, realizadas normalmente em vários lares privados de Testemunhas de Jeová. Apenas porque as reuniões das Testemunhas de Jeová no meio da semana variavam “de casa em casa”, não significa que elas se encontravam em cada casa da vizinhança. E nós afirmamos que se tentassem fazer isso, existiriam muitos vizinhos não-Testemunhas de Jeová que objectariam a que os seus lares fossem usados dessa forma.

Do mesmo modo, os crentes do primeiro século encontravam-se para pregação pública no templo e em privado “de casa em casa” para partilharem refeições e ensino e companheirismo íntimo após esse período de tempo. Assim como Atos 2:46 diz: “dia após dia assistiam constantemente no templo, de comum acordo, tomando as suas refeições em lares particulares e participando do alimento com grande júbilo e sinceridade de coração.” (TNM)

Para mais, à medida que examinamos o livro de Atos, nós vemos que a maioria dos convertidos à primitiva congregação vieram não das reuniões de “casa em casa”, mas da pregação pública no templo e feiras. Em Atos 17:1-4, nós vemos o apóstolo Paulo pregando publicamente na sinagoga judaica em Tessalônica e então publicamente na feira de Atenas em Atos 17:16-34. Nenhuma menção é feita de Paulo alguma vez ter pregado em qualquer das casas destas cidades. Poderemos nós afirmar que Paulo não estava pondo em prática a “pregação do Reino”, porque ele não pregou de porta-em-porta nestas cidades? Tenho a certeza que você consegue ver a falácia de tal raciocínio. Do mesmo modo, nós estamos envolvidos na pregação do reino através contatos pessoais com descrentes, atividades voltadas para o público na igreja e no nosso website do ministério online.

CELEBRAÇÕES:

É verdade que muitas das celebrações praticadas pelas pessoas hoje em dia têm a sua origem em atividades pagãs e do oculto. Tal é verdade sobre o festival romano Saturnália, que durava de 17-24 de Dezembro e foi mais tarde convertido para o “Natal”, a celebração do nascimento de Jesus a 25 de Dezembro. Outra celebração pagã convertida foi a “Páscoa”, a celebração da ressurreição de Jesus dos mortos. Tem a sua origem na “Ostara”, celebração da fertilidade em 20-21 de Março.

Nós admitimos que não existe apoio histórico para a celebração do nascimento de Jesus em Dezembro, o que mais provavelmente terá ocorrido na primavera ou outono. A ressurreição de Cristo ocorreu durante o tempo da Páscoa judaica, celebrada no décimo quarto dia do mês hebreu de Nisã, o primeiro mês do calendário religioso judaico. Devido à dificuldade em coincidir o calendário judaico com o os calendários Juliano e Gregoriano ao longo dos séculos, os cristãos optaram pelo Domingo mais próximo da celebração “Ostara” ou “Páscoa” como data para celebrar a ressurreição de Cristo. Assim, em ambos os casos, os cristãos pegaram em datas que eram usadas propositadamente para celebrações “pagãs” e reclamaram-nas para Cristo, tornando-as nos feriados que poucos hoje em dia reconhecem como tendo qualquer relação com as suas anteriores raízes “pagãs”.

A Sociedade disse-o melhor na sua Despertai!, 8 de Janeiro de 2000. No artigo intitulado “Conceito Equilibrado sobre Costumes Populares”, eles fizeram a seguinte observação nas páginas 26-27: “Os costumes têm recebido uma influência maciça da religião. Muitos deles, na verdade, originaram-se de superstições e também de noções antibíblicas sobre religião… E os costumes que antes estavam relacionados com práticas questionáveis mas hoje são encarados apenas como formalidade? … Significa então que os cristãos estão proibidos de aderir a esses costumes? …Apesar de talvez existirem razões para se examinar a origem dum costume específico, há casos em que é mais importante levar em conta o que o costume significa para as pessoas na época e no local onde o cristão está morando agora.”

Nós pensamos que é um bom conselho que cada cristão deve aplicar em determinar se a consciência permitirá a alguém celebrar feriados cristãos que perderam o significado pagão. Se considerarmos que o cristianismo é tudo sobre como Deus transformou as nossas vidas de acções e atitudes “pagãs” anti-Deus, nós poderemos apreciar o que o cristianismo tem feito em transformar datas “pagãs” que Satanás havia reclamado, em dias para glorificar Deus. Em Cristo, não existe nenhum requerimento, quer de celebrar ou não feriados. Cada cristão deve ter a liberdade de decidir, assim como Paulo admite em Romanos 14:5-6: “Um [homem] julga um dia como superior a outro; outro [homem] julga um dia como todos os outros; esteja cada [homem] plenamente convencido na sua própria mente. Quem observa o dia, observa-o para com Jeová.”

GUERRA:

Muita controvérsia rodeia o assunto da “guerra” e o envolvimento cristão nela. Como a justificação da Bíblia da autodefesa em Êxodo 22:2, aplica-se na defesa de uma nação durante a guerra? Para ajudar na avaliação da etnia moral de uma determinada guerra, no 13º século, São Tomás de Aquino formulou um esboço de princípios, que eventualmente veio a tornar-se conhecido como a “Teoria da Guerra Justa”. Os seus princípios têm sido usados por nações baseadas em valores Judaico-Cristãos, para determinar quando e como uma guerra justa pode ser travada. Devido a estes princípios poderem ser aplicados a qualquer altura a guerras nacionais, a nossa posição é que os cristãos avaliem qual dos lados de uma particular batalha cai dentro dos princípios de uma guerra justa e apenas sirvam nesse lado da batalha, não acabando matando seus “irmãos” cristãos na guerra.

Para além disso, não existe qualquer ordem nas Escrituras contra o envolvimento de cristãos na guerra. Em Atos 10, Cornélio, um centurião cristão (comandante de 100 soldados romanos) foi elogiado como “homem justo e temente a Deus”, e em Lucas 3:14, João o Baptista aconselhou aos soldados de seus dias dizendo “contentai-vos com o vosso soldo”. Eles apenas poderiam “contentar-se” mantendo-se como soldados! Eclesiastes 3:1, 3 e 8 declara: “Para tudo há um tempo determinado, sim, há um tempo para todo assunto debaixo dos céus… tempo para matar e tempo para curar; tempo para derrocar e tempo para construir… tempo para amar e tempo para odiar; tempo para guerra e tempo para paz.”

For Para mais informação sobre este assunto, veja o nosso artigo sobre GUERRA e NEUTRALIDADE – Deviam os Cristãos Permanecer Neutros Durante a Guerra?

TRINDADE:

A Trindade é a visão de que as três pessoas mencionadas na Bíblia: Pai, Filho (i.e. Jesus) e o Espírito Santo são um Deus. Eles são distintos nas suas Personalidades, contudo mantêm unidade de substância como um Deus. A Torre de Vigia define corretamente a doutrina da “Trindade” em algumas das suas declarações, mas em muitas outras, o modo como é apresentada normalmente leva as pessoa a acreditar que a Trindade consiste em três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) em uma pessoa, mas isso é um conceito incorreto da doutrina. Os seguintes exemplos demonstram alguns dos modos como a Torre de Vigia distorce esta doutrina na sua literatura:

“Jesus mostra aqui que ele e o Pai, isto é, o Deus Todo-poderoso, têm de ser duas pessoas distintas, pois, senão, como haveria realmente duas testemunhas?…Dizia Deus que ele mesmo era seu próprio filho, que ele aprovara a si mesmo, que enviara a si mesmo?…Não… A quem orava ele? A uma parte de si mesmo?… Se você comparecesse à presença de outra pessoa, como poderia você ser aquela mesma pessoa? Não poderia ser. Você teria de ser uma pessoa diferente e à parte….Alguém que está “com” outra pessoa não pode ao mesmo tempo ser aquela outra pessoa.” — Deve-se Crer na Trindade?, págs. 17-19, 27

Nós concordamos que diversas passagens demonstram a distinção entre a Pessoa do Pai e a Pessoa do Filho, mas tais argumentos não dão testemunho contra a doutrina da Trindade, porque ela ensina:

 “…porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo…Pois, assim como somos compelidos pela veracidade cristã a reconhecer cada Pessoa por Si Mesma como sendo Deus e Senhor, assim somos proibidos pela Religião [Católica] Cristã a dizer que existem Três Deuses ou Três Senhores.” —   (Credo de Atanásio) Visto que a Trindade ensina a distinção de cada uma das “Pessoas” da Divindade, todos os argumentos demonstrando isto são inválidos.

Outro argumento proposto pela Torre de Vigia que se torna irrelevante quando a doutrina da Trindade é definida corretamente, é a afirmação de que Jesus não pode ser “igual” ao Pai se Ele está em sujeição a Ele. A Torre de Vigia afirma:

“O CONCEITO da Bíblia é claro. Não apenas é o Todo-poderoso Deus, Jeová, uma personalidade à parte de Jesus, mas Ele é sempre superior…. E é por isso que o próprio Jesus disse: “O Pai é maior do que eu.” — João 14:28” — Deve-se Crer na Trindade?, pág. 20

De novo, os argumentos da Torre de Vigia falham quando a doutrina da Trindade é definida corretamente. Com respeito à natureza de Jesus Cristo, o Credo de Atanásio nota:

“Igual ao Pai segundo a Divindade; e menor que o Pai, segundo a Humanidade. Que, embora Ele seja Deus e Homem, contudo ele não é dois, mas um Cristo.”

Quando Jesus fez a afirmação que “o Pai é maior do que eu” (João 14:28), estava ele aqui na terra, operando debaixo das limitações da sua “humanidade”? Ou estava ele no Céu, operando na Sua essência divina? O contexto revela que Jesus estava falando da Sua natureza humana quando afirmou que o Pai estava numa posição “maior” do que Ele. Além disso, o facto de Jesus estar “sujeito” a Deus, Seu Pai, não indica que Ele é de algum modo menos “Deus” do que o Seu Pai é. Em Lucas 2:51, Jesus estava “sujeito” a Maria e José. Será que estamos argumentando que Jesus é “inferior” em natureza a Maria e José porque Ele estava em “sujeição” a eles? Claro que não! Nós acreditamos que assim como um “filho” não é menos humano que seu pai, assim Jesus sendo “Filho de Deus” não é menos “Deus” do que o seu Pai é.

“Deveras, por esta razão, os judeus começaram ainda mais a procurar matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também chamava a Deus de seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus.” (João 5:18, TNM)

Para mais informação concernente à doutrina da “Trindade” e respostas a textos bíblicos comuns usados contra ela, assim como uma exposição da falsa afirmação da Torre de Vigia de que a doutrina derivou do paganismo, veja o nosso artigo online em: É A Trindade Um Conceito Bíblico?

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